sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Inicio da època de 2011


Comecei a olhar para os potenciais progenitores. A minha prioridade foi seleccionar as minhas duas melhores fêmeas para acasalar com os machos provenientes do meu amigo Toni Duarte.

Como faço um controlo dos acasalamentos através de um registo escrito numa pequena folha de criação. Entretanto lanço os dados no programa de gestão de criações o SicoCria.

O SicoCria permite ver a árvore genealógica de cada individuo, é o que vou fazer para seleccionar os outros casais.

Como o clima vai chuvosos e húmido esta improprio para limpezas mais profundas das gaiolas. O ideal era fazer uma ligeira pintura com tinta plástica. Vamos ver...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Jugamentos o reverso da medalha.

Muito se fala das discrepâncias de pontuação numa ave que concorre em duas exposições diferentes. Alguns criadores aceitam outros não e levantam suspeitas sobre as aptidões técnicas e ou honestidade dos juízes.

A mesma publicidade não é dada quando aparecem nos concursos aves maquilhadas. Sim, é verdade, por vezes aparecem espertalhões nos concursos de ornitófila desportiva. Aqui para desmontar estes esquemas tem de ser com muito cuidado. Pois uma suspeita sobre um criador não é uma certeza nem no caso das pontuações díspares.

A desplumação nos canários mosaico, uso de produtos para oxidar as patas, tinta para colorir pássaros lipocromo vermelho. Manipulação de anilhas e outras trapalhices que eu não conheço.

È injusto concluir que os criadores desportivos são desonestos. Seria muito simples falar mal e levantar suspeitas sobre tudo e todos. As organizações dos concursos, juízes, criadores e todos os que de uma forma directa ou indirecta, contribuem para que todos os anos se realizem as exposições ornitófilas desportivas. Ao inscrever as aves numa exposição implicitamente aceitamos as regras. Quanto de nós é que procuram tomar conhecimento prévio das regras antes de enviar as aves?

Numa exposição quando um juiz detecta ou suspeita de fraude o procedimento é:

1 - Chamar o presidente do júri, e o responsável do clube organizador.
2 – O presidente do júri, actua:
-identifica o expositor
-identifica a gaiola e o pássaro
- descreve a natureza da fraude
-ficha de julgamento é assinada pelo presidente do júri, pelo juiz que constatou a fraude.
3- E elaborado um relatório que é enviado ao presidente do colégio de juízes.

Penso que é este o procedimento quando é detectada uma fraude cometida por um ornitófilo expositor. Seria bom que os expositores que se sintam lesados na avaliação das suas aves tratassem do seu caso no local próprio. Ao tratarem do caso na praça pública (p. ex paginas de revista) perdem toda a razão, se a tiverem.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Criticar é fácil julgar é difícil.

No Magazine Ornitológico nº2 na página 55 li uma carta ao Director que me merece uma reflexão sobre a história que lá é contada.

Um criador desportivo veterano levou a mesma ave a duas exposições diferentes e recebeu numa 92 pontos e noutra 88 pontos. Ficou escandalizado com a diferença de pontos para o mesmo pássaro.

O curioso é que não é dito em que rubrica dos itens da folha de julgamento é abissal a diferença de pontos. Basta haver a diferença de 1 ponto em 4 itens diferentes para no somatório final dar a diferença apontada. Também não é referido o tipo de ave, nem qual o nível da exposição, se foi numa inter-socios, inter-clubes, regional, internacional, nacional.

Fácil foi fazer uma crítica a todos os juízes e lançar suspeitas sem averiguar o que se passou. Se tem suspeitas sobre o juiz em causa deveria expor o seu problema no local próprio. Numa situação destas o normal seria fazer uma reclamação por escrito a organização da exposição onde se sentiu prejudicado. Mandar uma cópia da reclamação ao Colégio de Juízes. Não é na praça pública enxovalhando todos os juízes e a ornitologia desportiva, que serão corrigidos os erros, nem averiguadas as responsabilidades, se as houver.

O estranho desta história é que a pessoa queixosa é criador a vários anos. Penso que conhece o que eu vou expor. Um juiz julga o que vê num período de tempo curto. As aves são alojadas em gaiolas diferentes, o local é estranho, a comida não é a habitual, os tratadores são outros. Também o facto de a mesma ave ser levada na mesma época a mais que uma exposição pode condicionar o seu estado. As gaiolas quando são trazidas para a mesa de julgamento, é raro mas acontece que por vezes acontecem acidentes. Nas exposições a luz do local onde esta a mesa de julgamento sofre variações ao longo do dia. A luminosidade ao meio dia é diferente daquela ao fim da tarde. Para ultrapassar esta situação agora nas exposições as mesas dos julgamentos estão debaixo de iluminação artificial que imita a luz do dia. Por outro lado a falta de juízes em número suficiente para acudir a várias exposições num mesmo fim-de-semana, faz com os juízes apreciem extensos lotes de aves num mesmo dia. Às organizações por razões económicas, não interessa que os juízes se desloquem dois dias para os julgamentos se o número de aves para o segundo dia for pequeno. O número de variedades de cor e tipos não podem ser aferidos por instrumentos ou aparelhos de medida. Não aceitar estar sujeito a estas variáveis é viver num mundo de fantasia.

É de lamentar que atendendo ao número de aves julgadas nas exposições portuguesas em 2010, apenas seja dado tanto relevo a uma discrepância de pontos. Claro que não deveria acontecer, mas errar é humano. O trabalho de um juiz nem sempre é fácil pois esta sempre sujeito a ser julgado sumariamente. Acredito que 99% são pessoas Humanas que dão o seu melhor. Por isso levo sempre os meus canários de cor a exposição do meu clube. Por vezes ganho e outras vezes perco pela diferença de 1 ponto e não me queixo, nem levanto suspeitas sobre a honestidade do juiz.

O descontentamento e a impulsividade não é uma atitude desportista. Na praça pública não se resolvem este tipo de problemas. È grave que uma só pessoa que assina uma carta se diga porta-voz de muitos criadores. Numa modalidade que se diz amadora e com tantos criadores que julgam os julgamentos, é pena que não haja mais juízes. Porque será?